Fortalecer e acolher foram às palavras chaves na Roda de Conversa em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

 

Fortalecer os laços afetivos entre as mulheres negras foi o tema tratado na Roda de Conversa na noite desta segunda-feira (29), no Instituto Quilombo Ilha, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Os alunos ali presentes, como também os visitantes, puderam ter uma dimensão maior sobre as redes de afetividades entre as mulheres negras.

A professora do Quilombo e doutoranda em Literatura e Cultura pela UFBA, Marinilda Gomes, reafirmar a importância dessa data para os estudantes é mais que importante, é essencial. Pois, está na pauta do Instituto Quilombo Ilha o combate a tripla discriminação enfrentada pelas mulheres negras. “É sabido que o povo negro esteve sempre à margem dessa sociedade racista e eurocêntrica e ao se tratar da mulher negra essa discriminação ganha contornos ainda mais cruéis, pois esse grupo sofre para além da discriminação racial a discriminação de gênero,” afirma Marinilda.

Gleissia Sales, oriunda do Quilombo Ilha, professora do Programa Universidade Para Todos e estudante de História pela UNEB também esclarece a importância dessa luta. É necessário ir, chegar além. E é mais que preciso voltar para buscar os seus. “Quando uma mulher negra está resistindo, está lutando, ela nunca luta só, ela luta pelas suas e pelos seus e essa questão da afetividade é muito presente. É muito bom estar reconhecendo que quando uma sobe tem que subi em conjunto”, ressalta Gleissia.

Para Hildália Fernandes, doutoranda em Literatura e Cultura na UFBA e mestre em Educação e Contemporaneidade pela UNEB fala do seu agradecimento a Cristian Sales, pois foi ela quem mudou o rumo de suas pesquisas. Cristian Sales fez parte do grupo de professores que ajudou a fundar o Pré-Vestibular do Quilombo Ilha e é um grande exemplo a ser seguido. “Está em um evento que Cristian esteja é uma forma de tributo, é uma forma de reconhecer e revelar gratidão. É essa rede de afetividade que nós temos e que nos sustenta. Já era uma curiosidade grande conhecer o projeto, um desejo grande de vim e essa foi a melhor oportunidade”, explica Hildália.

As convidadas Cristian Sales, Hildália Fernandes, Gleissia Sales e Thaiane Cunha debateram não só a questão a afetividades entre as mulheres negras, mas também como encarar os preconceitos que infelizmente ainda existem em nossa sociedade.

Josy Miranda

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